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11/12/2015 - 05:00

Gafisa e Tenda vão ter desafios diferentes no próximo ano

A Gafisa encerra 2015 e mira 2016 com foco em conciliar venda de estoques com lançamentos que possam dar suporte à composição de receita dos próximos anos, em um cenário de mercado mais agressivo na disputa por clientes de média e alta renda e com menor demanda por imóveis. Já a Tenda, focada na faixa 2 do Minha Casa, Minha Vida se beneficia de ambiente mais favorável, mas tem desafios, como as incertezas em relação à nova fase do programa e à possibilidade de mudanças nas regras de remuneração do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Neste ano, os lançamentos da Gafisa ficarão próximos de R$ 1 bilhão, segundo o presidente da companhia, Sandro Gamba. A Gafisa tem condições de lançar entre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão em 2016, conforme Gamba, mas o volume dependerá das condições de mercado. A empresa já tem os terrenos necessários. Em relação ao tamanho do mercado no próximo ano, ele diz que o setor aguarda previsibilidade para definir investimentos de médio e longo prazo.

 

No segmento comercial, responsável pela maior parte de seus estoques prontos, a Gafisa vai buscar mais liquidez por meio de descontos. "Estamos analisando toda a carteira de produtos para 2016. No residencial, não vemos impacto de descontos que prejudiquem a margem", disse Gamba. O presidente da Gafisa afirmou que o aumento de eficiência dá suporte à margem bruta neste momento de menor liquidez do mercado. "Temos conseguido reduzir custos de obras e administrativos."

 

Segundo o diretor financeiro e de relações com investidores da Gafisa, André Bergstein, a empresa mantém seu limite de crédito com bancos. "A Gafisa é vista como uma empresa saudável do ponto de vista do balanço", disse Bergstein. Em setembro, a alavancagem medida por relação entre dívida líquida sobre patrimônio líquido era de 51%. O patamar inclui números consolidados de Gafisa e Tenda e equivalência patrimonial de Alphaville.

 

Para a Tenda, a concorrência na atuação da faixa 2 do Minha Casa tende a aumentar na execução da terceira fase. O impacto líquido do Minha Casa 3 será negativo, na avaliação do presidente da Tenda, Rodrigo Osmo, pois o cliente perderá capacidade de financiamento na faixa 2, e há indefinições na faixa 1,5. Segundo o executivo, a maior preocupação da Tenda é o cenário macroeconômico. A empresa tem terrenos para lançamentos em 2016 e metade de 2017.

 

Os distratos de imóveis lançados pela Tenda no novo modelo, que tem características como venda atrelada à aprovação do crédito do cliente pelo banco, correspondem a 5% das vendas. Na média, os cancelamentos da Tenda ocorrem três meses depois da venda. Segundo Osmo, a empresa teve economia de custos em "praticamente todas as obras do novo modelo". A Tenda tem expectativa de elevar as despesas gerais e administrativas, no máximo, em linha com a inflação. A relação entre despesas gerais e administrativas e a receita líquida está em 9,9%. A Tenda estima margem bruta de 28% a 30% para os próximos anos e geração de caixa em 2016. Ela não informa meta de lançamentos, mas se o valor dos nove meses for anualizado, deve superar R$ 1 bilhão em 2015.

 

Fonte:
http://www.valor.com.br