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06/04/2016 - 05:00

Cury tem mais projetos para lançar em 2016.

A Cury - incorporadora da qual a Cyrela tem 50% de participação - espera mais um ano de crescimento em 2016. No ano passado, a incorporadora registrou vendas líquidas recordes de R$ 602 milhões, com expansão de 54% em relação aos R$ 391 milhões de 2014. O foco da Cury são empreendimentos enquadrados nas faixas 2 e 3 do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, desenvolvidos em São Paulo e no Rio de Janeiro. Nessas faixas de atuação, a maior parte dos recursos tem origem no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), fonte de financiamento que não tem sofrido as restrições de crédito dos demais segmentos. Em 2015, a Cury lançou R$ 467 milhões - 90% na faixa 2 e 10% na faixa 3 do programa habitacional, ante R$ 460 milhões no ano anterior. "Temos mais projetos para lançar em 2016 do que no ano passado", diz o presidente da incorporadora, Fábio Cury.

 

Foram lançados dez empreendimentos em 2015 e, neste ano, há 14 projetos com licenças ou em fase avançada de aprovação, cujo Valor Geral de Vendas (VGV) total soma R$ 770 milhões, com participação da Cury de 80%. A empresa não tem meta formal de lançamentos nem de vendas.

 

De acordo com o executivo, as vendas de imóveis para a baixa renda "continuam muito boas". Apesar da piora do cenário macroeconômico, Cury afirma que os fundamentos de crédito, emprego e inflação seguem favoráveis ao segmento. A incorporadora comercializa imóveis no formato de venda simultânea (SICAQ/SAC), em que o crédito do comprador precisa ser aprovado pelos bancos na assinatura do contrato de compra.

 

A Cury tem sido procurada, segundo o executivo, para executar projetos aprovados ou em fase de aprovação. A empresa prestou serviços, nesse formato, para a gestora de recursos GTIS, em 2015, no total de R$ 150 milhões. A prestação de serviços pode crescer, conforme o executivo. Desde 2014, a Cury passou a concentrar a busca por terrenos nas faixas 2 e 3 do programa habitacional. A concorrência na busca de áreas para esses segmentos cresceu com a restrição de recursos para a faixa 1.

 

No ano passado, a Cury não teve contratações na faixa 1 e atuou somente nos outros dois segmentos do programa. As melhores áreas com opções de compra em que seriam desenvolvidos, inicialmente, projetos para a faixa 1 foram destinadas para outros projetos. A opção de compra de parte dos demais terrenos que iriam para a primeira faixa foi desfeita. Segundo Cury, na semana passada, a presidente Dilma Rousseff solicitou a representantes de incorporadoras de baixa renda presentes na cerimônia de relançamento da terceira fase do Minha Casa, Minha Vida que apresentem projetos para a faixa 1. "Vamos apresentar", afirma o presidente da Cury. Ele diz ter expectativa de continuidade do programa independentemente do cenário político, principalmente para as faixas dependentes de recursos do FGTS. A faixa 1 é financiada pelo Tesouro Nacional.

 

No ano passado, a receita líquida caiu da Cury 4,3%, para R$ 860 milhões. A empresa teve lucro líquido de R$ 131 milhões, em linha com os R$ 134 milhões de 2014, considerando somente a participação dos controladores. A margem bruta passou de 28,5% para 29%, e a margem líquida foi mantida em 19%. A Cury reduziu seu quadro de pessoal em 15%, incluindo funcionários de escritório e obras. O número atual está estabilizado, segundo o executivo.

 

A empresa gerou caixa de R$ 97 milhões. O retorno sobre patrimônio (ROE) da Cury ficou em 29%. A relação entre dívida líquida e patrimônio líquido da companhia ficou em 4,8% no encerramento de 2015, ante 1,5% no final do ano anterior.

Fonte:
http://www.valor.com.br