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12/01/2016 - 05:00

Começam as entregas do Jardim das Perdizes

A Tecnisa começa a entregar, nesta semana, as primeiras unidades do Jardim das Perdizes, bairro planejado desenvolvido na zona Oeste da cidade de São Paulo. O Valor Geral de Vendas (VGV) total dos dois projetos a serem entregues hoje e amanhã soma R$ 1,2 bilhão, dos quais 85% foram comercializados. Os empreendimentos Reserva Manacá e Bosque Jequitibá foram lançados, formalmente, em abril de 2013. A Tecnisa possui 57,5% da Windsor - sociedade detentora do Jardim das Perdizes - e a Hines, os demais 42,5%.

 

A entrega dos dois primeiros empreendimentos, com seis torres e 640 unidades no total, ocorre quase três meses antes da data prevista. Essa antecipação e a do cronograma das obras dos empreendimentos que devem ser entregues até o início de março - Recanto Jacarandá e Bosque Araucária - proporcionam à Tecnisa economia de quase 18% em relação aos orçamentos originais, de 2012 e 2013. O percentual corresponde a R$ 70 milhões de economia de custos.

 

A economia resulta, segundo o diretor técnico da companhia, Fabio Villas Bôas, de custos menores decorrentes do desaquecimento do mercado imobiliário, além de ganhos de produtividade. "A redução de prazos permite também diminuir custos indiretos, como os administrativos e despesas com água e energia", diz o executivo. O habite-se do Reserva Manacá e o do Bosque Jequitibá, inicialmente esperado para março, foi obtido em dezembro, com a antecipação da conclusão dos prédios. Isso possibilitou repassar os recebíveis dos clientes para os bancos em cerca de quatro meses antes do previsto. "Deixamos de perder R$ 6 milhões por mês com pagamento de juros em comparação a se o habite-se saísse em março", diz o executivo. A geração de caixa projetada com a entrega dos dois empreendimentos é de R$ 707,3 milhões.

 

A Tecnisa não divulga o volume de distratos dos dois empreendimentos, mas diz que é o menor índice da sua história. A companhia espera conseguir o habite-se para o Recanto Jacarandá e Bosque Araucária até o fim do mês. À medida que os empreendimentos são entregues e repassados, a dívida de produção da companhia diminui, o que resulta na redução do endividamento total. No fim de setembro, a relação entre dívida líquida e patrimônio líquido da Tecnisa era de 111,5%, uma das maiores do setor. O patamar cairia para 50,8% se a redução da participação da companhia na Windsor tivesse ocorrido no terceiro trimestre.

 

A economia de custos de obras e a aceleração dos repasses contribuem também, positivamente, para a margem bruta do Jardim das Perdizes, assim como o fato de o terreno de 250 mil metros quadrados ter sido comprado há oito anos. Mesmo com descontos médios na venda de unidades prontas entre 10% e 12% em relação aos valores de tabela, há ganho real de 5% a 10%, conforme Villas Bôas. Os primeiros empreendimentos do bairro de classe média-alta foram comprados, principalmente, por moradores das regiões de Perdizes, Pacaembu e Higienópolis. Na época dos primeiros lançamentos, o preço médio das unidades era de 30% a 35% menor do que o de outros bairros próximos ao shopping Bourbon, segundo o diretor técnico da Tecnisa. Juntos, os quatro primeiros empreendimentos respondem por dez das 28 torres do projeto. A empresa lançou outras três torres, que estão em construção - uma residencial, uma corporativa e uma de saletas - todas com previsão de entrega em 2017. O VGV das 13 torres já lançadas soma R$ 2,254 bilhões. Em 2016, a Tecnisa dará início às obras de um hotel - cuja bandeira já foi fechada, mas não é divulgada. Existem tratativas sobre a comercialização do hotel.

 

A Tecnisa prevê lançamento, neste ano, de torre com unidades compactas, de até 50 metros quadrados, no bairro planejado. Ainda em 2016, a incorporadora deve lançar empreendimento com torre residencial destinada à terceira idade (sênior living) e prédio residencial de alto padrão. O modelo de vendas da torre com facilidades para pessoas mais velhas está em discussão, com possibilidade de comercialização para algum fundo especializado. Lançamentos dependerão das condições de mercado. Toda a infraestrutura do Jardim das Perdizes está pronta. O bairro é aberto, sem postes, com baixa densidade de prédios e tem parque no centro que será cercado somente pelas torres residenciais. Villas Bôas ressalta que "o foco da Tecnisa é mais amplo do que o Jardim das Perdizes". A prioridade, neste ano, em relação a novos produtos, serão unidades com preço em torno de R$ 300 mil. Há três projetos em fase final de aprovação de licença junto aos órgãos reguladores. O primeiro lançamento pode ser feito após o Carnaval. A companhia pretende ser uma empresa de R$ 1 bilhão por ano no próximo ciclo de lançamentos, conforme divulgado no início de dezembro. Na ocasião, o diretor financeiro e de relações com investidores da companhia, Vasco Barcellos, informou que este tamanho não será alcançado em 2016.

 

Fonte:
http://www.valor.com.br